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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
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domingo, 21 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Dimensão satírica - Farsa de Inês Pereira
Texto expositivo-informativo - 120-150 palavras
Redução de texto
Proposta
de textualização 1
A Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente segue
a máxima latina Ridendo Castigat Mores,
conferindo, desta forma, dimensão satírica à sua peça.
A sátira utilizada cumpre o objetivo pedagógico de
modificar aquilo que estava mal, recorrendo aos tipos de cómico, às
personagens-tipo, à
ironia, ao sarcasmo e à crítica mordaz e acutilante.
O mundo às
avessas e a crise de valores (hipocrisia, tirania, adultério, devassidão do
clero, culto da aparência) aliados ao cómico, ao riso e ao caricatural, recaem
principalmente sobre as personagens de Inês Pereira, Pêro Marques e Brás da Mata.
Desta forma, a revolta de Inês e o desejo de libertação que a levam a um
casamento oposto ao almejado e posterior segundo casamento constituem cómicos
de situação que ridicularizam esta rapariga casadoura. Também o Escudeiro é
alvo de crítica por simbolizar o escudeiro pelintra, fanfarrão, pretensioso que
vive das aparências e que revela a sua cobardia na hora da morte. Porém, a
personagem mais caricatural é Pêro Marques, lavrador ingénuo e inocente, que caminha
desajeitadamente em busca da casa de Inês, revela incapacidade de falar e de
seduzir e leva presentes inadequados para a sua pretendente. Este cómico de
caráter atinge o auge no momento em que expõe a sua rusticidade de campónio que
desconhece a função da cadeira e ao levar a mulher às costas, com docilidade e
ingenuidade, para se encontrar com um amante.
Em suma, esta Farsa vicentina propõe-se a criticar a
sociedade do século XVI através da sátira e da comicidade.
250 palavras
Representação do quotidiano - Farsa de Inês Pereira
Texto expositivo-informativo entre 120-150 palavras
Redução de texto
Proposta
de textualização 1 - completa
A Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente
espelha o quotidiano da sociedade do século XVI.
No início da peça, existem duas referências
fundamentais para perceber o universo feminino de então: era prática ir à missa
(principalmente as mães) e a ocupação das raparigas solteiras era as tarefas
domésticas como bordar e coser. Estas sofriam de falta de liberdade, estando
confinadas à casa da mãe e a viver sob o jugo desta, por isso, viam no casamento
um meio de sobrevivência e de fuga à submissão da mãe, existindo diferentes
conceções de vida e de casamento entre mães e filhas, o que levava a diferenças
intergeracionais, já que para as mães o casamento era sinónimo de segurança.
Relativamente a este assunto, era habitual o recurso
a casamenteiros (como são Lianor Vaz e os Judeus) que recebiam uma recompensa
caso o evento ocorresse. Segundo a tradição, após a cerimónia do casamento
deitavam-se grãos de trigo por cima dos nubentes e havia banquete. Ao contrário
daquilo que as raparigas pensavam, a mulher casada vivia em submissão ao marido,
o que , muitas vezes, levava ao adultério de parte a parte.
Também o modo de vida popular (protagonizado por Pêro
Marques) e o modo de vida cortês (representado por Brás da Mata) entram em
confronto na peça, sendo exploradas a inércia da nova burguesia que nada fazia
para adquirir mais cultura, a decadência da nobreza que procurava enriquecer
através do casamento e buscava o prestígio perdido na luta contra os mouros e a
simplicidade dos lavradores que nem sabiam a funcionalidade de uma cadeira.
Por fim, Mestre Gil não esquece a devassidão do
clero e a corrupção moral das mulheres que se deixavam seduzir por elementos do
mesmo, sendo disso exemplo o episódio relatado por Lianor Vaz e o encontro
amoroso que Inês irá ter com o Ermitão.
Em suma, esta Farsa vicentina ilustra a sociedade do
século XVI nas valências familiares, sociais e religiosas.
322 palavras
Relação entre as personagens - Farsa de Inês Pereira
Texto expositivo-informativo e redução de texto
1ª Proposta de textualização:
A Farsa de Inês Pereira é uma peça de Gil
Vicente pródiga em diferentes relações entre as personagens, demonstrando,
através delas o quotidiano da época de seiscentos.
Inês estabelece quatro relações distintas ao longo
da obra. Com a Mãe, a sua relação é marcada pela hierarquia e autoritarismo desta última, fazendo a protagonista sentir-se
como “cativa” de sua casa. Não muito diferente é a sua relação com o Escudeiro,
caracterizada pela prepotência, violência e subserviência marital. Já com Pêro
Marques, existe uma desigualdade emocional, pois ele ama-a, todavia ela desrespeita-o,
sendo-lhe infiel com o Ermitão com quem estabelece uma relação amorosa. A Mãe e
Lianor são aliadas, revelando cumplicidade aquando da tentativa de casar Inês
com o primeiro pretendente, personagem com quem Lianor mantém uma relação de
interesse, porque se conseguir casá-lo com Inês receberá uma recompensa
monetária. O mesmo se passa entre os Judeus casamenteiros e Brás da Mata.
Finalmente, o Moço e o Escudeiro protagonizam uma relação de autoritarismo do Escudeiro relativamente ao Moço e de crítica e
lealdade do Moço em relação ao seu amo,
já que este último denuncia a situação precária em que o primeiro vive.
Concluindo,
as relações entre as personagens espelham a vida epocal do autor.
203 palavras
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