terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Estado de espírito de Inês Pereira no monólogo inicial

Ao longo do monólogo inicial da peça Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, a protagonista revela-se, sobretudo, revoltada com a vida que leva.
"Renego deste lavrar" é a primeira afirmação da personagem, mostrando, desde logo, o cansaço, a frustração e a irritação que sente face ao trabalho que lhe é exigido pela mãe. Inês considera-se injustiçada pelo facto de estar "encerrada nesta casa" enquanto "todas folgam e [ela] não", demonstrando, talvez, um pouco de inveja da vida alheia. 
A angústia e desespero, provenientes da falta de liberdade, fazem-na sentir-se aprisionada mesmo por que só raramente tem "licença" para estar "à janela", sendo este o seu único contacto com o exterior. Em resultado deste estado de espírito, Inês determina que há de "buscar maneira d'algum outro aviamento", mostrando a sua vontade de mudar de vida. 
Em suma, as adversidades vividas pela personagem originam uma revolta interior que leva à ambição de casar.          
10º1A (2015-2016)


O estado de espírito apresentado por Inês no monólogo inicial é caracterizado, essencialmente, pela frustração sentida pela personagem.
            A protagonista mostra-se aborrecida e entediada devido à tarefa que estava a realizar, por isso afirma “renego deste lavrar”. Pelo facto de ser obrigada a cumprir estes deveres exigidos pela mãe, fica inibida de sair de casa, causando-lhe sentimentos de angústia, desespero, tristeza e revolta, já que se considera “cativa” de toda aquela situação. Consequentemente, sente-se injustiçada, na medida em que, segundo a sua opinião, as outras moças da sua idade “folgam, e [ela] não”, ou seja, ela questiona que “pecado é o [seu]” para não ter direito a uma vida social como as outras. Perante este cenário/esta situação, ela está decidida a tomar uma atitude por forma a mudar de vida.
            Em suma, o sentimento de injustiça e revolta apoderam-se da rapariga, sendo, assim, necessário “buscar maneira/d’algum outro aviamento”.
            10º2A (2015-2016)
           

            Inês Pereira é uma moça casadoira que se encontra em “cativeiro”, sendo esta a razão para o seu desespero e saturação.
            A personagem sente-se irritada e cansada porque é obrigada pela mãe a ficar em casa a costurar, por isso afirma “Renego deste lavrar”. Assim, ela considera-se injustiçada, o que a leva à manifestação de uma revolta interior, devido à situação em que vive, já que, segundo a sua opinião, as outras raparigas “folgam” e ela não. Desta forma, a sua vida de clausura e de trabalho causam-lhe desespero e um sentimento de inutilidade, afirmando que “esta vida é mais que morta”. Imbuída deste estado de espírito, Inês decide que tem “de buscar maneira/d’algum outro aviamento”, ou seja, mostra determinação em resolver a sua vida, sendo que essa solução será o casamento.
            Concluindo, o desespero da protagonista resulta numa revolta em busca da liberdade.


10º2/3 (2015-2016)

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